quinta-feira, 29 de março de 2012

(( Noite ))

Essa noite é forte
Essa noite é morte
Um mistério vem como sempre
Queima tudo sem alarde
Surdo marcado no peito da gente

Essa noite açoite
Essa noite queima como o dia
E à noite destilada em festa
Não dura sempre como um grande amor
Feito um sol à se deitar

Essa noite é um lamento
Essa noite é pressentimento
Pego o sangue e faço um samba
Antes que à vida me leve a acreditar
Que o sorriso que me destes
É minha alegria que não vai voltar
Eu sei que existe
Frases e poemas tolos são fetiches caracterizados de sentimentos
Acordei do meu sonho e cai direto na rua
escura
Bebi com uma sede de 1000 camelos tua saliva ácida
E gostei do efeito em minha garganta larga
Aquela sede que me explodia por dentro foi parando,parando...
E eu feliz e pobre de espirito sorri por mais uma vez em anos
Corta...
Agora em segundos tudo muda de direção
Outro corpo,outra cama,outra vida,outro voo
Quem disse que frases e poemas são fetiches caracterizados de sentimentos?

Minha vida é um fetiche estúpido cego pelo amor mais vagabundo
É só olhar em minha face pálida que se vê à imagem do amor
Lambendo as feridas de cada amor perdido recriei em minha mente teu corpo expeço
Cada frase dita no coito,quando eu estava muito doido,me faz formar o mais belo e cruel corpo de Diva
Sempre apreciei as mais variadas camas de corpos quentes e estranhos
E atua cama era tão fria que me fazia pedir mais perdão
Eu sei,meu nariz é meu guia tão voraz e irresponsável que faz você temer pela salvação da humanidade
Vou vestir pra você minha velha fantasia colorida de absurdo e dançar como um Deus
Enlouquecido de carência,eu tenho visto tanta coisa que você não imagina menina
Mas agora só quero mais uma dose,mais um teco,mais um sangue,mais um beijo seu e mais uma vida pra perder em mim de amor

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

( Cantará )

Não à o que interfere
Alinhada ao teu peito à flor da pele
Entre um suspiro ao imaginar não se quebre
Em teus pequenos passos leves
E se não danças ao sol ainda breve
Uma brisa cantará em seu dia ao que sugere
E quando o corpo quente vir com a manhã
Meus pés no chão irão voar até o fim

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

(( Incerta Lasciva ))

Ela sorriu um sorriso profético
Poética tragica no adeus
Sambando em plena luz
Seu corpo fluindo perdeu


Ela sabia de coisas veladas
Vestida de rosa em brasa
Me deu um beijo e um tapa
Na minha cara cortada


Ela vem com tudo em cima
Feita de carne nociva
Apodrece no peito lasciva
Meu samba tão fraco de rimas


Ela vem de manhã e me acorda
Sussurra em mim um segredo
E sai sem nem dizer por que
Levando um disco e o medo
De mentira é feita você

(( Coração Sujo ))

Sangrando fatos pelo mundo
Feito de sorriso um tolo
Vai saindo lúdico pela noite
Instalado em esquinas pelo Centro
Coração que dança sobre o vento
E chora sem saber o que
O que de ser ou estar aqui
Malabarista do impossível
Caindo embriagado pela sorte
Morte de toda e qualquer certeza
De não achar um sopro que o faça vivo
No peito da Cidade feita de pedra

(( Maria ))

Pois é Maria
A boa nova do sol atrás das grades
Vem ser o sorriso escondido por você
Apertando o meu corpo contra o prazer
Além disso tudo vai ser duro viver


Pois é Maria
Em cada pranto salgado que fingia
Acreditei que fosse só alarde
Mas naquela tarde uma chuva lavou
O sangue nas mão e no corpo saudade


Pois é Maria

Você que dizia que á vida é assim
Sentindo pra tudo a morte explica
Mas na hora da dança sobre os meus olhos
Explodiu em um grito soberana vadia


Pois é Maria
Você agora chora e me pede que fique
Me diz coisas tristes de memória tão falha
Me rasga,me cospe e amaldiçoa me nome
E diz que meu samba não é coisa que valha


Pois é Maria...
Pois é...
Partindo sorrindo
E no peito guardado
Carnaval tão sozinho