quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Alcance do soco

Invado a rua.Perdido me acho em meu tormento.De não ter.O que?Onde ir?Pra que?Pulo sem ver.
Continuo.Ideia de me jogar em um papel.Sem dó.Pelos olhos vidrados de ódio.
De quem nunca fez pó.Só ouço.Ela chora.Implora.Mas alto.Alto fico.Me lixo.Implícito
em me desfazer.Da minha carne.Me rasgo.Não sinto nada.Máquina falha.Imperfeição que transforma.
O lar dos estranhos em ruína.Cintila.Estrela do quando.Alucina.Porta da rua.Serventia.Sem volta.Bato
a porta.Sem volta.Rangendo a alma.Sem ceda.Sem pena.Queimo assim mesmo.A duras penas.Essas almas pequenas.Que não valem.Uma pena.Não valer.O que fazer?É assim.Quando tudo me dizia.Inevitável ausência.De mim.Comigo assisto.Assim como quem quer tudo.Um mundo.Se desfazer em solidão.Nos olhos.De almas sem cura.Sem colo.Sem nada.Opaco sorriso.De família.

Um comentário:

  1. Córdoba!! Grande Córdoba!! É porrada na moleira!! "De mim. Comigo assisto. Assim como quem quer tudo. Um mundo." Foda!! Me identifiquei. Escrevo muito essa coisa de " mim comigo mesmo". Sabe como é... Entre a canha e a terapia, prefiro encher o bolso do portuga. Daí onde temos que fazer estas auto analises. Rsrsrs... PQP!! Essa ficou bem papo de buteco... Rsrsrs

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