terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pequena Senhora

Dizia eu tão pequeno
Um abraço da Pequena Senhora como alento
Vou escrever poesia como um vento
Balançando as palavras um momento
Com retinas vermelhas e manchadas
Agora bebo o vinho do descontentamento
Lembranças derramadas na tarde 
Eu busco em tudo o olhar remoto
Rosto pairando no nada
Enrrugado ao me dizer um troço
Faz da tua palavra um destino
Timoneiro da alma ao seu modo
Dores salpicadas em relâmpagos
Em memórias e gozos juvenis
O crescimento amaldiçoa o tempo
Em cada segundo centávo contado
Sentindo o relógio da vida sumir
Sentado em meu sonho desesperado
Vejo em cada átomo um desvio
Do rio de sangue pintado em meu braço
Descubro a leveza do sonho acabado
Desenho em teu rosto à cada pedaço
O sorriso da calma em seu colo infinito

(Para D.Albértina!A mulher mais importante da minha vida!)

2 comentários:

  1. Só o amor é capaz de nos fazer sentir e expressar! O resultado é esse, uma bela obra!
    Beijos!!!
    Glaucia.

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