E agora Drumond?
Se me perco em versos estúpidos
Sem achar o meu tom
E agora Wally?
Meu desespero se faz um segundo
Eterno buscando fugir
E agora dos Anjos?
Ando esperando em cada esquina
A novidade que se faz acalanto
E agora Cacaso?
Mergulhei nela uma noite em vão
Explodindo o meu beijo na manhã sobre o sol
E agora Leminski?
Não durmo esperando a dor
De cada manhã que resiste
E agora Abreu?
Me satisfaço com o doce devorado com raiva
Na boca do amor que nasceu e morreu
E agora Lispector?
Se me lanço ao futuro dela
Me fazendo alvo do próprio regresso
E agora Quintana?
Insano busco em cada segredo a cura
Pro amor que me sangra as entranhas
E agora Torquato?
Gozo a rua que me fez um dia
No prazer da moça do sorriso abstrato
E agora...?
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