quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E agora ?

E agora Drumond?
Se me perco em versos estúpidos
Sem achar o meu tom


E agora Wally?
Meu desespero se faz um segundo
Eterno buscando fugir


E agora dos Anjos?
Ando esperando em cada esquina
A novidade que se faz acalanto


E agora Cacaso?
Mergulhei nela uma noite em vão
Explodindo o meu beijo na manhã sobre o sol


E agora Leminski?
Não durmo esperando a dor
De cada manhã que resiste


E agora Abreu?
Me satisfaço com o doce devorado com raiva
Na boca do amor que nasceu e morreu


E agora Lispector?
Se me lanço ao futuro dela
Me fazendo alvo do próprio regresso



E agora Quintana?
Insano busco em cada segredo a cura
Pro amor que me sangra as entranhas



E agora Torquato?
Gozo a rua que me fez um dia
No prazer da moça do sorriso abstrato


E agora...?

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