terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vou logo



Sonhamos tanto essa noite
Em seu corpo acordei bem
Esse verão ainda me queima
Sublinhando a vontade de ir além

Você sorrindo entre o pano caindo
Me fez perder o sentido de tudo
Duvidando da mente que as vezes acerta
Você vai e me acalma com o olho
Deslizando em teu peito a certeza que resta

Doce manhã que desperta a cidade
Rostos adormecidos vagam pela rua
E você oferece teu corpo ao espreguiçar na janela
Revelando o segredo da tua pele tão crua

O barulho do mundo se confunde com a luz do sol
No quarto o paraiso é feito de amores como cura
Que trocamos pela orgia marcada na carne
O vinho barato é testemunha da jura

Ainda assim me sinto um menino
Como passáro ligeiro tenho medo de pousar
Pela mão que agora afaga mas não tarda tambem à matar
Arrancando com força minha asa de sonho
Escurecendo em minha alma o prazer de voar


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